A escola é as instituição que reune também em si as quatro outras instituições que moldam a sociedade, disse Michel Foucault: encontra-se nela a marca da instrução militar, do hospital, da igreja e da prisão. Há quem me diga, pois, mas isto foi quando ele examinou a sociedade do início do século XX. Hoje, as escolas primárias são instituições amigas da criança, dizem, destinadas à transferência de conhecimentos. Não, dizem outros, hoje as crianças não aprendem o suficiente na escola centrada na criança. Há muito lastro e as aprendizagens básicas são ignoradas. Falta o treino e a instrução, a autoridade do professor desapareceu.
Bem… Segui à distância a procura pela escola amiga do conhecimento e amiga da criança para os meus netos, em dois países diferentes. Digamos apenas que a busca foi um pouco mais fácil para os netos que moram no país onde as minhas filhas também foram crianças. Contudo não foi difícil concluir que, de um modo geral, as escolas ainda se assemelham a instituições penais onde quem através do exame mostra desviar-se da norma é isolado ou encaminhado para tratamento terapêutico. A educação para a cidadania ainda se confunde com lições-sermão de moral pregando bom comportamento civil. Mesmo se muitos consideram a cadeia de comando demasiado fraca, ela ainda existe.
Mas sim, algumas mudanças são visíveis aqui e ali. Há escolas que são amigas da criança à custa da sólida transferência de conhecimento, há escolas que são amigas do conhecimento à custa da interação com as crianças, há escolas, poucas, que desenvolveram um modelo educativo no qual as crianças redigem, com os adultos, projetos de aprendizagem que garantem o bom acolhimento das crianças e do saber.
Naquele outro país a procura foi um pouco mais difícil. Aí frequentemente, como no sistema prisional e nos templos mais conservadores, as meninas são separadas dos meninos, como no mundo militar o uniforme é obrigatório em quase todas as escolas, como no hospital, as crianças viram dossiês para serem estudados por especialistas. É interessante notar que entre as escolas que se desviam, sim é essa a palavra usada, umas recebem o título de escola democrática. Pelo menos não há lugar para hipocrisia aqui. Admite-se prontamente que, com poucas excepções, as escolas não são democráticas.
Devido ao cuidado dos pais e o local onde vivem, os meus netos conseguiram encontrar a escola que deveria ser aquela para cada criança durante as suas primeiras experiências de aprendizagem, Fröbel já o dizia há duzentos anos.
E todos aqueles outros netos? Entre nos, mas sobretudo ali, nos estados totalitários, nas regiões sitiadas, em zonas com populações exploradas, em todos os lugares onde acolher o conhecimento e as crianças ainda não passa de um justificado sonho humano?
Bem… Segui à distância a procura pela escola amiga do conhecimento e amiga da criança para os meus netos, em dois países diferentes. Digamos apenas que a busca foi um pouco mais fácil para os netos que moram no país onde as minhas filhas também foram crianças. Contudo não foi difícil concluir que, de um modo geral, as escolas ainda se assemelham a instituições penais onde quem através do exame mostra desviar-se da norma é isolado ou encaminhado para tratamento terapêutico. A educação para a cidadania ainda se confunde com lições-sermão de moral pregando bom comportamento civil. Mesmo se muitos consideram a cadeia de comando demasiado fraca, ela ainda existe.
Mas sim, algumas mudanças são visíveis aqui e ali. Há escolas que são amigas da criança à custa da sólida transferência de conhecimento, há escolas que são amigas do conhecimento à custa da interação com as crianças, há escolas, poucas, que desenvolveram um modelo educativo no qual as crianças redigem, com os adultos, projetos de aprendizagem que garantem o bom acolhimento das crianças e do saber.
Naquele outro país a procura foi um pouco mais difícil. Aí frequentemente, como no sistema prisional e nos templos mais conservadores, as meninas são separadas dos meninos, como no mundo militar o uniforme é obrigatório em quase todas as escolas, como no hospital, as crianças viram dossiês para serem estudados por especialistas. É interessante notar que entre as escolas que se desviam, sim é essa a palavra usada, umas recebem o título de escola democrática. Pelo menos não há lugar para hipocrisia aqui. Admite-se prontamente que, com poucas excepções, as escolas não são democráticas.
Devido ao cuidado dos pais e o local onde vivem, os meus netos conseguiram encontrar a escola que deveria ser aquela para cada criança durante as suas primeiras experiências de aprendizagem, Fröbel já o dizia há duzentos anos.
E todos aqueles outros netos? Entre nos, mas sobretudo ali, nos estados totalitários, nas regiões sitiadas, em zonas com populações exploradas, em todos os lugares onde acolher o conhecimento e as crianças ainda não passa de um justificado sonho humano?